O grande literato inglês William Shakespeare já dizia que é estranho que, sem ser forçado, saia alguém em busca de trabalho. Mais estranho ainda é que desenvolvam um trabalho tão belo e competente. E isto foi, sem dúvida, algo que os alunos da Escola SESC fizeram ao trabalhar com as idosas do Lar das Idosas Cegas que, além de exemplos de vida, são um sinal de que podemos unir as pontas da vida e redescobrir a beleza que as idades nos trazem. Desta forma, é impossível deixar de parabenizar o Centro de Memória da Escola SESC por uma exposição tão memorável. Amostra pequena, trabalho grandioso. É belíssimo!
Inaugurado na quarta-feira, 27 de abril, o Centro de Memória tomou um lugar de destaque em toda a comunidade acadêmica. A inauguração contou com a presença ilustre da Professora Elisabete Gonçalves, da Universidade Federal Fluminense - RJ. Coordenado pelo professor Antônio Henrique, a exposição nos revelou uma nova forma de ver e aprender com o Projeto Social e com nossas próprias memórias.
Ao olhar para exposição, é incontestável que nosso pensamento silencie perante a força da beleza das imagens. Alguns alunos chegaram a chorar e comoveram-se muito com os ensinamentos que podemosextrair de toda a exposição. As idosas senhoras cegas muitas vezes mostram que têm pensamentos juvenis, ao contrário do que imagina e do que ocorre entre alguns dos nossos jovens. Acredita-se que nenhum membro de nossa comunidade perderá a oportunidade e deixará passar esta exposição; em que as memórias tornaram-se memoráveis.
Construímos, pois, um sentido por viver e vemos que nossa vida é muito mais ampla porque o passado é parte integrante e fundamental do ser.
Como se pode falar desta emoção dos olhos que já não veem,mas que nos trazem imagens vivas, capazes de nos modificar? Com efeito, a inauguração de um centro cultural, como é o caso do Centro de Memória,atingiu o alvo ao lançar, de forma harmônica e ideal, uma exposição que conduz o espectador à reflexão sobre qual a verdadeira visão sobre instituições difusoras da cultura, como pensou Morin ao dizer que cultura é tudo aquilo que dê ao homem fé ou razão para viver. Houve fé e trabalho. Mesclando sonhos, expectativas e trabalho concreto de uma dedicadíssima equipe. Sem dúvida alguma, foi magnânimo.
Telmo Olímpio
Telmo Olímpio
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