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Temos o direito de existir

Written By Jornal EsemPlá on quarta-feira, 1 de junho de 2011 | 15:15

Aipim, macaxeira, mandioca, cassava, uaip, manoki. Vários nomes para uma só coisa. Essa pluralidade de vocábulos é uma das características das sociedades. Podemos ver também que nela existem várias opiniões, verdades e muitos julgamentos diferentes do que é certo e errado. Não agimos igual. Não pensamos igual. Não somos iguais.

Somos diversos, mas vivemos num só lugar, seja num aspecto nacional ou mundial. Estamos num espaço que é de todos e que nele todos têm o direito de existir na sua individualidade. Existir, no sentido de ser, é mostrar e apurar as nossas tradições, hábitos, culturas e personalidades, que ao longo do tempo podem mudar. Queremos então ter o nosso lugar na Terra mãe.



Quando confrontados com a realidade não é isso que acontece. Não conseguimos aceitar a existência do outro que é diferente do “eu”. Vemos isso ao longo da história: colono que impôs sua cultura ao colonizado; negro que na sua cor não era tratado como humano; Hitler matou milhões, pois considerava que eles não eram da sua de raça, logo eram inferiores. Viver em sociedade sempre foi um desafio, já que as pessoas não dão o direito da outra de ser, porém não querem abrir mão da sua existência, do seu ponto de vista. Isto pode gerar preconceitos, desrespeitos, maus-tratos, violência. Nas formas físicas ou verbais sufocamos o outro.

Dessa forma, acredita-se que o ponto de melhora está em vermos os outros nas suas particularidades, deixando de lado o etnocentrismo e os julgamentos, passando a valorizar a diversidade. Temos de enfrentar esse difícil desafio sabendo que somos diferentes e, ao vivenciarmos com respeito essa condição. Assim, todos terão o direito de ser. Podendo, consequentemente, mudar a nossa sociedade e desmistificar o problema de conviver com o outro.

Emerson Cursino

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